sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Praças públicas

Ao atravessá-la, percebeu que o tempo passará, e o abandono tomou conta de seus jardins. Ah, que saudade da praça, onde tivermos nossos amores, festa e parquinho para nossos filhos. Um pergunta, esconde a verdadeira intenção desse texto, o que aconteceu com as praças públicas? Um exemplo real de desleixo público, principalmente na questão da segurança, diz respeito à praça da matriz, localizada na Vila Resende, onde moradores de ruas habitam esse pequeno universo e reduto de terra.
A praça, na antiguidade, além de palco de verdadeiras disputas filosóficas, servia de sustento para diversos comerciantes. No cair da tarde, a ágora, como era chamada a praça, atraia o povo com espetáculos teatrais e musicais. Hoje, as praças são símbolos da decadência cultural, onde servem somente para o descanso temporário do serviço. A solidão do cair da tarde, somado com o trânsito das seis, revela e anuncia o véu da escuridão a cobrir as praças, tornando as mesmas perigosas e frias.
Novamente, as praças devem ser visadas e usadas pelo povo. Quem sabe, nossos governantes, enclausurados na selva de pedra, melhorassem as demais praças (não só a Praça José Bonifácio) com alguns eventos culturais como teatro, música, biblioteca itinerante, parque iluminado para as crianças... Logo, as praças guardam a beleza e a candura de espírito, foram feitas para alegria dos moradores ao redor e não para moradia de alguns andarilhos.
artigo publicado no dia 27 de jan de 2011 na Tribuna

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