segunda-feira, 25 de abril de 2011

No horizonte, uma esperança. Jesus e os dois ladrões, Dimas e Gestas, já sepultados e o pôr-do-sol a cobrir Jerusalém. O luto e a tristeza invadem os corações dos espectadores da condenação de um Justo. Roma, na figura de Pôncio Pilatos questiona sobre a verdade, mas só aqueles pobres homens, discípulos de Cristo, conheceram o Caminho, a Verdade e a Vida. No silêncio matinal, a cobrir os sepulcros, uma pedra removida assusta Maria Madalena. Pedro, pedra da igreja nascente, e João, o discípulo amado, correm e ao se deparar com o fato, anunciam: o Mestre vive, jaz os lençois sobre a tumba, as amarras do pecado não tem poder sobre o Ressuscitado.

sábado, 16 de abril de 2011

Terror em Realengo

O sol já alto cobria o Rio de Janeiro, o relógio marcava sete horas, o sino do início das aulas alertava os alunos para mais dia de estudo. A cena dessa manhã poderia ter um final feliz, mas o Brasil pode assistir perplexo aos noticiários da última quinta feira, dia 07/04/11, em que um jovem, ex-aluno da escola Tasso da Silveira, disparou contra dezenas de crianças, matando algumas e ferindo outras, de modo a se suicidar após ser alvejado por um policial.
A tragédia do Realengo trouxe um questionamento sobre a segurança nas escolas públicas. Crimes como o que abalou o Rio de Janeiro, ou mesmo outros como em Columbine, EUA - 1999, em que dois estudantes mataram 12 estudantes e um professor antes de se suicidarem, ou ainda, o sul-coreano Seung-Hui Cho, em 2007, abriu fogo na faculdade de Virginia Tech, matando 32 pessoas e suicidando – se logo após; são exemplos de indivíduos com algum transtorno psicótico ou mesmo sem a aprovação social, onde a violência, na sociedade atual, torna-se sinônimo de reconhecimento e sucesso momentâneo.
Logo, a sociedade lamenta o fato trágico de Realengo, mas algumas iniciativas são necessárias no quesito segurança de escolas públicas, seja no controle de acesso a dependências com crachá de identificação ou mesmo o uso de câmeras de monitoramento, detector de metais e ronda escolar. O novo episódio no Brasil chama atenção do mundo, pois mudanças nas rotinas das escolas públicas são urgentes, de modo a garantir paz, conhecimento e segurança para todos os alunos. A mídia também tem sua parcela de culpa ao instigar e financiar filmes, programas e jogos onde a escolha é matar ou morrer.
publicado na Gazeta, dia 15/04/11

terça-feira, 5 de abril de 2011

Saúde ou descaso?

No Globo Repórter desta última sexta feira, dia 01 de abril, consagrado “Dia da Mentira”, o Brasil assistiu, chocado, uma cena já costumeira e verdadeira de nossa realidade. A saúde pública, garantida pela constituição, sofre pelo descaso das autoridades competentes. Haja vista, o ministro da saúde, Alexandre Padilha, afirmar em rede nacional que não podemos tolerar o descaso com a saúde, ações e intervenções nesse campo são urgentes. Ademais, o cenário conturbado no programa mostra o nordeste que sofre com falta de hospitais, superlotação, carência de equipamentos e produtos de saúde, médicos plantonistas descontentes, fadiga e estresse por parte da enfermagem, investimentos bilionários em obras abandonadas, desvio de verba pública, enfim, um turbilhão de fatores, condicionantes ao erro.
Logo, não só o cenário mostrado pelo programa da TV Globo é real, basta “passear” pelos pronto-socorros de Piracicaba e região, para comprovar o descaso no atendimento, pacientes enfileirados nos corredores, funcionários insatisfeitos e sobrecarregados de tarefas, ausência de médicos, entre outros agravantes. A saúde, enquanto bem primordial do ser humano, deve ser respeitada e assistida de modo justo e correto pelas autoridades competentes. Onde o paciente não seja apenas um número de leito, mas exista dignidade presente na assistência médica-terapêutica.
publicado na Gazeta dia 05/04/11