quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia da padroeira

Posto uma homenagem lida pela locutor da rádio, Lair Braga, na presença de padre Otto Dana, durante o tríduo, terça- feira (11/10/11) na Capela N. Sra Aparecida, na rua Prudente de Morais, centro, Piracicaba.


Santa Mãe Maria, nessa travessia,
Cubra-nos teu manto cor de anil.
Guarda nossa vida, Mãe Aparecida!
Santa padroeira do Brasil.
Ave, Maria! Ave, Maria. (bis)

No final da tarde, ouviam-se vozes delicadas e femininas a entoar tal hino sobre um pequeno casebre, próximo da fábrica Boyes. Dona Jaci Ferraz, fundadora do pequeno centro operário N. Sra Aparecida, juntamente com outras senhoras do bairro, encorajavam as moças mais jovem na religião e ensinavam alguns ofícios domésticos. Por volta de 25 de maio de 1941, o então prefeito da época, Dr. José Vizioli, doou um pequeno terreno para o Centro Operário sobre as responsabilidades do Mons. Manuel Francisco Rosa, cura da Catedral de Santo Antônio.
Mulheres da região com seus maridos operários e suas crianças assistiam, sob o sol da manhã, o lançamento da primeira pedra na Capela Nossa Senhora Aparecida, sinal de um novo tempo naquela comunidade. Com o trabalho árduo dos operários locais, aos domingos e feriados, e os esforços das mulheres para angariar donativos para construção, aos 14 dias do mês de dezembro de 1941, a “igrejinha” estava quase pronta.
 No bairro havia festa, onde um grupo de pessoas se reuniu sobre a fachada da Capela, acolhidas sobre o Manto de Nossa Senhora, para celebrar a 1ª missa com direito até de primeira comunhão de algumas crianças. Com doações, festas e a reza do povo humilde e simples da região, a casa de Nossa Senhora estava sendo equipada em sua estrutura, para acolher aos domingos seus fiéis e devotos. Do entusiasmo das procissões, dos terços rezados, das orientações dos padres, a comunidade local caminhava sobre o olhar e proteção atenta da Virgem Mãe Aparecida.
A partir de 1969, em plena ditadura militar, no pós – concílio, um jovem padre assume os trabalhos da igreja local. Com determinação e criatividade, padre Otto Dana, auxiliado por equipes da comunidade, amplia e reforma a capela. Em conjunto com o novo pároco, as coordenadoras nas novenas de natal animam os trabalhos nos quarteirões em torno da capela. Em 1978, um clube de senhoras, intituladas “Colméia do Amor”, reassume o ideal filantrópico de auxílio aos mais necessitados. Com prendas e rendas engajam-se na construção do salão comunitário.
Após alguns anos, a capela sempre mais fora freqüentada em suas missas festivas, com empenho litúrgico e motivação do padre Otto. Maria, mãe dos discípulos, abençoava continuamente as pastorais, os ministros da eucaristia no cuidado aos doentes e os fiéis durante as celebrações. Outros padres e seminaristas passaram pela “capelinha”, na cidade onde “peixe pára”, Piracicaba, entretanto alguns serão sempre lembrados nos corações dos fiéis. Que nesses 70 anos de criação da Capela, oh Maria Santíssima, Mãe celestial, fortaleça sempre mais a nossa comunidade, para que possamos louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças por toda a eternidade. Amém.