sábado, 16 de abril de 2011

Terror em Realengo

O sol já alto cobria o Rio de Janeiro, o relógio marcava sete horas, o sino do início das aulas alertava os alunos para mais dia de estudo. A cena dessa manhã poderia ter um final feliz, mas o Brasil pode assistir perplexo aos noticiários da última quinta feira, dia 07/04/11, em que um jovem, ex-aluno da escola Tasso da Silveira, disparou contra dezenas de crianças, matando algumas e ferindo outras, de modo a se suicidar após ser alvejado por um policial.
A tragédia do Realengo trouxe um questionamento sobre a segurança nas escolas públicas. Crimes como o que abalou o Rio de Janeiro, ou mesmo outros como em Columbine, EUA - 1999, em que dois estudantes mataram 12 estudantes e um professor antes de se suicidarem, ou ainda, o sul-coreano Seung-Hui Cho, em 2007, abriu fogo na faculdade de Virginia Tech, matando 32 pessoas e suicidando – se logo após; são exemplos de indivíduos com algum transtorno psicótico ou mesmo sem a aprovação social, onde a violência, na sociedade atual, torna-se sinônimo de reconhecimento e sucesso momentâneo.
Logo, a sociedade lamenta o fato trágico de Realengo, mas algumas iniciativas são necessárias no quesito segurança de escolas públicas, seja no controle de acesso a dependências com crachá de identificação ou mesmo o uso de câmeras de monitoramento, detector de metais e ronda escolar. O novo episódio no Brasil chama atenção do mundo, pois mudanças nas rotinas das escolas públicas são urgentes, de modo a garantir paz, conhecimento e segurança para todos os alunos. A mídia também tem sua parcela de culpa ao instigar e financiar filmes, programas e jogos onde a escolha é matar ou morrer.
publicado na Gazeta, dia 15/04/11

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